Por que seguir regras de etiqueta?

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A definição de etiqueta na realidade é um sistema de regras convencionais que regulam o comportamento social.

Na época de Luis XIV, a aristocratas pisoteava e urinava no jardim, entre outros comportamentos que o desagradavam, então foram estabelecidos sinais, ou étiquets.

Os duques e duquesas simplesmente ignoravam os avisos. Finalmente, o próprio rei precisou decretar que ninguém passasse dos limites das étiquets, e assim foi. Posteriormente, o significado das regras de etiqueta, se expandiu para incluir as funções da corte, listando as regras de onde ficar e o que fazer.

A etimologia desta palavra francesa, literalmente significa cartão e refere-se ao costume da monarquia francesa de criar regras cerimoniais para os membros da corte. O cartão, indicava o dress-code adequado, comportamento esperado e instruções do jantar para todos que frequentavam a corte.

Na Italia Renascentista, (seculo XIV a XVI) a sociedade já demonstrava interesse por comportamento. Enquanto a obra de Baldasarre Castiglione, no livro O Cortesão escreveu para nobre da corte, Giovanni della Casa não fez distinção e escreveu para que todos tivessem conhecimento. Na obra Il Galateo (ano de 1558) ele explicou por exemplo que uma pessoa não deveria se embebedar, assoar o nariz no guardanapo, mastigar com barulho, colocar o nariz no copo de outra pessoa, não falar de algo sujo mesmo que fosse divertido. Tais comportamentos, permanecem não apropriados ainda em nosso tempo.

Etiqueta à Mesa

Desde o início dos tempos, habilidades sociais, boas maneiras foram criadas para que as sociedades cooperassem e sobrevivessem com respeito.  Os esforços humanos de interagir melhor com outros, nos levou a desenvolver formas de transformar a vida mais fácil e agradável. Ao fazer isto, algumas práticas foram desenvolvidas para todos os aspectos de nossas vidas.

Enquanto as boas maneiras à mesa certamente estavam em falta, o foco central era sobreviver. Por isso, os utensílios para alimentação surgiram por necessidade, não moda. Quando começou-se a usar fogo para cozinhar, os dedos começaram a queimar! A solução foi usar gravetos, conchas, ossos de animais e o que quer que estivesse a mão para trazer o alimento à boca. Estes utensílios, claro, não duravam muito e foram substituídos pelo cobre e outros materiais.

Apesar de existirem evidências de que os garfos eram usados durante o período inicial da história e durante o Império Romano, a Idade das Trevas (idade Média) na Europa trouxe muitas mudanças, inclusive o abandono dos garfos e colheres para comer. Ao invés disso eram usadas facas de dois gumes e as mãos. Porém, os garfos continuaram sendo usados no Oriente Médio e na África. Os hashis já eram encontrados nas culturas asiáticas. Sopas e caldos eram levados diretamente à boca por meio de tigelas. Além disso, enquanto se comia, o mindinho ficava esticado para ficar longe de comidas gordurosas, sendo assim usado para ser mergulhado em molhos.

Em 1533, Catherine de Medici da Itália trouxe várias dúzias de garfos quando chegou a França para se casar com Henry XI. Ela foi a primeira a usar garfos na Europa Ocidental. Considerada uma esquisitice de início, o garfo aos poucos tornou-se popular na corte Européia. Utensílios de prata de todo o tipo, com talheres inspirados na China foram criados para os ricos.

A etiqueta nos dias de hoje

Quando estamos dentro dos limites da etiqueta (que eu Marina prefiro chamar de comportamento educado, polido e elegante), damos aos relacionamentos e a nós mesmos uma chance de crescer. Além disso, nos torna mais capazes de nos apresentar com confiança e autoridade em todas as áreas da nossa vida.

Porém, não podemos confundir protocolo com etiqueta.

Protocolo é uma série de regras rígidas de comportamento decoradas para colocar em pratica uma vez ou outra, quase sempre em situações oficiais.

Etiqueta consiste em comportamento simples baseadas no bom senso, na cordialidade e no respeito ao próximo. São os bons sentimentos e atitudes.

Todas as normas podem ser resumidas em uma regra de ouro:

“Faça com os outros o que quiser que lhe façam”

Pois é!!! Nunca se precisou tanto de boas maneiras como no mundo contemporâneo. As pessoas parecem ter desaprendido o fundamental e que deve ser aplicado no dia-a-dia: nas relações familiares, sociais e comercias. A etiqueta (apesar de não gostar desse nome, pois me remete a algo estabelecido e imposto por alguém que não nos mesmos) é a responsável por temos uma convivência social mais humana, respeitosa, agradável.

Mas o fato é que a etiqueta existe para facilitar e nos guiar em diversas situações, e não para complicar como muitas pessoas pensam.

A tendência, com o passar dos anos, foi buscar a praticidade nas tarefas cotidianas. Mas, não podemos esquece das delicadezas que podem embasar nossas atitudes e relacionamentos.

A tendência é que o homem passará muito mais tempo dentro de casa, como já vem acontecendo devido a recessão mundial; insegurança das grandes cidades que nos coloca mais tempo em casa com amigos; por que a tecnologia facilitou as comunicações e aninhou as pessoas em casa e finalmente por que vivemos em 2020 uma PANDEMIA, mas não podemos nos esquecer somos essencialmente SOCIÁVEIS.

Desde a antiguidade, dos primórdios da existência humana, grupos se formaram para garantia da sobrevivência, manutenção da espécie, com o privilégio de ter desenvolvido o pensamento, de ter um cérebro que dá ao humano o poder de discernir e saber fazer escolhas do bem maior, que é viver ativamente em sociedade ou grupos que nos primórdios era para sobrevivência pela fragilidade do ser humano diante dos outros animais que os cercavam, e hoje estes grupos deveria continuar existir para desvincular e sobreviver de outro tipo de massacre, que mesmo estando em uma cidade com muitos habitantes são seres que vivem em solidão, mesmo cercados gente.

Mas o fato é que queremos viver em grupos, ter amigos para conversar, dialogar, simplesmente por que somos seres humanos, que necessita de ombro.

Um toque de criatividade, um sorriso nos lábios e boa vontade transformam as diversas situações da vida social e profissional em momentos de prazer.

E seguindo o mesmo raciocínio é que a etiqueta à mesa existe para facilitar a nossa vida e abrir novas portas de oportunidade! É claro que você é livre para agir como quiser, mas as regras de etiqueta estão aqui para nos ajudar!

Apesar do jantar ter se tornado mais casual, ainda há algumas situações para as quais devemos nos atentar… É importante seguir certas regras de etiqueta quer seja no ambiente formal ou casual.

mesa contemporanea

Se você nunca aprendeu a etiqueta à mesa ou esqueceu o que aprendeu, aqui estão algumas dicas que te ajudarão quer seja na casa de alguém ou no restaurante.

Antes de Jantar

Se você for convidado para jantar com alguém, é sempre bom confirmar a sua presença, mesmo quando a confirmação não for solicitada… Isto facilita no planejamento. Não pergunte se você pode levar alguém caso o convite não ofereça. No entanto, se a sua família é convidada para jantar na casa de alguém , tudo bem perguntar se seus filhos estão inclusos.

Começando

Algumas recepções são formais e têm marcadores de lugar onde o anfitrião quer que você sente-se. Caso contrário, pergunte se há alguma preferência de lugar.

Você também pode encontrar sobre o prato ou guardanapo o Menu, cardápio do que será servido, não rasgue, guarde na bolsa ou paleto, deixe-o na mesa ao lado do prato de pão.

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Espere que o anfitrião se sente, então o faça. Em algumas culturas, reza-se antes. Mesmo que você não acredite na oração, mostre respeito e fique em silêncio.

Se o anfitrião faz um brinde, levante a taça.

O guardanapo

À mesa, fique de olho no anfitrião para saber quando começar. Se a ocasião é em um restaurante, você não precisa esperar.

Mantenha o guardanapo no colo até terminar de comer. Se você se levantar a qualquer momento e planeja retornar, coloque o guardanapo na cadeira. Após finalizar a refeição, coloque o guardanapo à direita do seu prato, não é preciso dobra-lo.

Quando Comer

Esperar que todos tenham se servido antes de começar a comer, é uma questão de respeito.

Talheres

Uma das questões que mais confundem é: qual talher usar para cada prato? Uma regra básica é começar com o talher que está mais distante do prato e ir se aproximando.

Durante a Refeição

  • Desligue o seu celular antes de se sentar. É rude falar ao celular ou enviar mensagens quando está com outras pessoas.
  • Nunca fale com a boca cheia. Mesmo se alguém te perguntar algo, espere para responder.
  • Prove a sua comida antes de adicionar sal, pimenta ou outro tempero. Fazer o contrário pode ser um insulto ao anfitrião.
  • Algumas comidas são feitas para ser seguradas com os dedos. Siga o anfitrião.
  • Utilize os talheres para comer, mas não para gesticular.
  • Mantenha seus cotovelos fora da mesa.
  • Coma devagar.
  • Evite fazer sons digestivos à mesa.
  • Se você derrubar algo no restaurante, peça a um dos garçons para ajudar.
  • Se você derrubar algo na casa de alguém, peça desculpa e se ofereça a limpar.
  • Quando você terminar de comer, mantenha os talheres no prato.
  • Nunca use um palito de dente na mesa.
  • Nada de retocar a maquiagem à mesa, somente no banheiro.
  • Nunca assoe o nariz à mesa.

Após a Refeição

Depois que você terminar de comer, coloque o guardanapo ao lado do prato e deixe os talheres paralelos na posição 20 minutos. Não vá embora logo após o jantar.

Se não tem planos para depois do jantar, fique por mais uma hora antes de se despedir. Se o ambiente é informal, entre amigos, você pode oferecer ajuda à anfitriã ou anfitrião.

Lembre-se: estas dicas de comportamento são para te ajudar e não restringir! E pode ser que haja algumas variações dependendo da região em que você está, então preste sempre atenção ao anfitrião para se situar.

Espero que este post ajude-a! Depois deixa nos comentários qual a maior dúvida de etiqueta que você tem!

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